Pois no meio da leitura me veio a lembrança de um meu professor, pernambucano, engraçadíssimo, que chamava os outros de “bípede”: pois o bípede falou isso, pois o bípede falou aquilo, o bípede teve a coragem de..., tem um bípede batendo na porta, etc. Já tratava os alunos como os macacos nus que éramos (e chamava o Clodovil de “bípede emplumado”). Pois dentre essa raça de macacos nus, os pernambucanos certamente são especiais – professores especialmente. Ariano Suassuna conta um caso de Tobias Barreto, que nasceu sergipano mas foi um dos maiores expoentes da Escola de Recife:
Tobias Barreto era negro, feio e pobre – uma barra pesada no final do século XIX. Fez concurso várias vezes para professor e era sempre preterido por causa do preconceito. Finalmente, os estudantes se levantaram e protestaram e ele finalmente foi aprovado – mas guardou uma grande mágoa dos colegas por conta desse episódio. E não perdia a oportunidade de contar que os professores seus colegas eram tão rotineiros, mas tão rotineiros, que um dia um deles contou uma piada em sala e todo mundo riu, menos um aluno, sentado no fundo. O professor ficou incomodado e perguntou:
- Você aí atrás, você não riu, você não achou graça não, é?
E o aluno responde:
- Né não, professor, é que eu sou repetente, já ri o semestre passado!
Um comentário:
hi,hi,hi...me deu ate vontade de ler o livro novamente. Foi ele q liquidou de vez minha nocao de amor romantico quando o insensivel do autor 'revela' q o tal nobre sentimento nada mais e q uma estrategia p a preservacao da especie dos frageis e quase eternos bbs pelados! Hi,hi,hi...morreu uma ilusao e nasceu um quase fetiche por trogloditas...hi,hi,hi...
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