29 de out. de 2008

Meditações, de Marco Aurélio: Experiências

Terminei a segunda parte das "Meditações": valeu a experiência. Não ficou como tinha imaginado, levei um susto com o tempo. Como 10 minutos duram! E o susto com a própria voz também - ou com a imagem no vídeo, essas coisas. Mas as inserções, transições, controles, acho que já consigo fazer - o que não significa fazer bem. E o tema, que me toca profundamente, não diz ou não dirá nada para a maioria: Marco é um personagem por assim dizer secundário, hoje em dia. Mas eu amo apaixonadamente o Império Romano, aquela época de gigantes, e Marco é um dos melhores, vem depois de Augusto e Adriano, até hoje exemplos do Além do Homem nietzschiano pra mim... bom, o vídeo já está viajante o suficiente! Aguardo sujestões, risadas, críticas e contribuições!

2 comentários:

Anônimo disse...

Max,

achei excelente tua apresentação,
pois eu não conhecia as meditações do Marco Aurélio. Está na minha lista de leituras. Quanto ao que tu falas durante o video, eu discordo, não de ti, mas da idéia do eterno retorno, que prevê um retorno de forma igual. Eu acredito nas reencarnações do espírito que volta ao mundo físico para outro aprendizado, mas sempre é um novo aprendizado, numa vida diferente, e também numa forma diferente. Falo isto baseado num fato da física, de que o universo é composto de espirais, e num da biologia, do nosso ADN em espiral também (espelhado no universo). Na espiral, podemos passar por um mesmo ponto no giro dela, mas nunca de forma igual nem na mesma posição, e isto é o que nos leva a evoluir como pessoas e levar este aprendizado ao espírito, este sim, eterno, pois como dizes, o que é pó ao pó (das estrelas) retorna.
Um grande abraço,
e parabéns!
Gentil
p.s. quem sabe uma hora eu perca minha timidez e coloque gravações de leituras de meus poemas na internet. Estou amadurecendo a idéia.

Max disse...

Muitíssimo obrigado, dottore, vindo de você é um enorme elogio – o “eterno retorno espiralado”, acho que chamei assim quando li no Yeats, não me lembro se foi você que me “aplicou” o Yeats, acho que sim: no mínimo foi via Pound e por ele eu lhe sou eternamente grato. Em termos de idéias eu acho o eterno retorno interessante como conceito: uma justificativa estética da existência, uma vida que valeria a pena repetir, de tão perfeita. Não acredito (como o Marco também não) numa consciência que perdura – sou mais a colisão randômica de átomos. E como ele acho que acreditar ou não acaba não fazendo diferença, pois a gente tem que agir a partir do pensar, e pensar através da construção de si próprio, de um além do homem mesmo... nunca acreditei em agir por um sistema de recompensas, acredito mais em nós como episódios da raça humana, faces momentâneas de uma espécie que um dia chegará a não morrer mais – mas, como bom marxista da linha groucho, estou cada vez acreditando menos nas minhas certezas e mais seguro dos meus erros!
Um grande abraço, maister.