Não me lembro qual o poeta louvou também o "prazer do que é difícil". O prazer do que é simples parece-me cada vez mais uma arte refinada: em um mundo onde se é bombardeado por miríades de sensações, informações e exigências, onde as corporações são cada vez mais máquinas de gastar gente, parar por uma flor, um cheiro, um momento de ternura são momentos de uma rara elegância humana. O Wim Wenders coloca no "Asas do Desejo " a cena abaixo, onde os anjos Damiel e Cassiel invejam a condição humana de poder sentir, e imaginam os prazeres sensoriais de esticar os dedos dos pés, amar, fechar um guarda chuva em plena tempestade e se encharcar...
Entrelinhas, entremontes
Há um ano
2 comentários:
Lindo de me fazer chorar, cedo assim... E são muitos perdendo tempo, "fingindo" por ai...
Vc tem o filme? Beijo grande
Max,
é um prazer voltar aqui pra ler teus cadernos. Gostei muito; hoje, especialmente, do Chico Buarque cantando o hino do Politeama.
Abração,
Gentil
p.s. criei um blog para publicar textos em inglês sobre poesia e auto-conhecimento; quando puder, dá uma olhada.
Postar um comentário