Há bastante tempo tenho uma admiração enorme pelo Ariano: começou com birra (aquela leitura obrigatória do Auto da Compadecida), e daí, quando tomei conhecimento do Movimento Armorial, passou para admiração, até assistir uma aula espetáculo - aí virou paixão mesmo. O Ariano é um homem da renascença, um conhecimento onívoro, enciclopédico, interdisciplinar. Quando foram descrever o grande crítico/escritor/historiador/etc americano Edmund Wilson, colocaram "seu objeto de estudo era toda a vida cultural de uma nação". Ariano circunscreve esse universo ao seu nordeste, com suas tradições ainda ibéricas, sua fusão de culturas, sua imensa energia telúrica. E ninguém mais longe da escolástica e do academicismo: os casos fluem, as histórias matam a gente de rir, o conjunto emociona, o todo desperta um sentimento de orgulho pelo que a cultura popular produz e de vergonha por não ter valorizado e entendido esse universo quase paraleo ao que vivemos. Abaixo o primeiro dos vídeos - o som não está bom, ainda vou editar. Era um vhs de 2000 e pouco, estava perdido numa caixa, tive que usar o método de restauração com chiclete-durex-cuspe-paciência; não melhora muito, não. Mas vale a pena assistir.
Entrelinhas, entremontes
Há um ano
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